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17 de jan. de 2014

Resenha: Uma alemã chamada Ana.

Título: Uma alemã chamada Ana
Autor: Victor Rei
Editora: Ágape
Páginas: 95
Lançamento: 2011
Localização: Alemanha
Redes Sociais: Skoob e Orelha deLivro 



“Da riqueza à pobreza.
  Do piano ao serviço forçado.
  Da indiferença... para a fé sobrenatural de Deus.
  Essa é a história de Ana.” 

 O livro conta a história de Ana, uma jovem alemã cristã, que fazia parte da alta sociedade da Alemanha durante o período de ascensão do nazismo. Ana é uma garota tímida, indiferente a tudo que acontece no país e que tem como única preocupação tocar piano. Até que com o advento da Segunda Guerra Mundial e a queda do nazismo, a vida de riqueza e luxo que a jovem estava acostumada chega ao fim e ela tem que lidar com o preconceito contra os alemães.

“Ela era uma jovem e só se lembrava de ter vivido, até ali, uma vida de princesa, desfrutando de tudo de bom e de melhor. Era como se o mundo além do seu luxuoso palacete não fosse o mundo real. Toda aquela história de fome e miséria parecia ser apenas o fruto da imaginação de escritores e poetas que escreviam aquilo que suas mentes criavam.”

A obra é narrada em terceira pessoa e retrata a elite alemã durante o governo nazista. Uma coisa que me chamou atenção, é como a sociedade é organizada nessa época.  Por exemplo, homens e mulheres são retratados como tendo funções diferentes na sociedade. Enquanto os homens são responsáveis por discutir política e sobre as mazelas do país, as mulheres reúnem-se para falar sobre família, comida e fofoca.

 Esse é um livro nacional religioso (não sabia disso quando comprei) e tem como objetivo falar sobre superação e como a Bíblia traz conforto e pode mudar a vida de uma pessoa. Em algumas ocasiões, chateou-me o fato de que o autor retratava os socialistas como simples ateus, parecia que eles eram os únicos que agiam de forma errada como o seu povo, não dando muita importância aos atos nazistas, como o Holocausto.

“O cristianismo tinha um território fértil para a pregação das palavras das sagradas escrituras, com as boas novas do Senhor Jesus Cristo, sem a perseguição imposta em outros países dominados pelo Islã, ou pelo socialismo soviético, que assassinava líderes cristãos e jovens seminaristas com o intuito de banir o nome de Cristo das terras sob o domínio do Islã.”

Com o fim da Segunda Guerra, Ana vê seu mundo ruir e entramos em contato com um diferente momento da jovem. Agora  não podendo mais ser indiferente ao que acontece no país e completamente sozinha ela tem que lutar para sobreviver e fugir do país.

“ Ana já não era mais inconsciente do que estava acontecendo. Ás margens dos seus dezenove anos, ela já sabia que os seus pais tinham vendido todos os objetos de valor que tinham em sua casa, além de joias outros utensílios, para poderem fugir para a Inglaterra, onde um primo de seu pai os aguardava para ficarem lá até o fim do conflito, que, certamente, teria o seu destino decidido em Berlim. ”

Após sua mudança para a Inglaterra, a jovem começa estudar a Bíblia em busca de um refúgio e passa por diversas situações de preconceito pelo fato de todos os alemães serem consideram nazistas. Esse foi outro fato que me incomodou na história, pois o autor quis passar que somente os cristãos agiam de forma bondosa com ela, generalizando o fato de que você só é bom se acreditar em Deus.

“– Já te disse que eles não são nazistas. Eles são apenas alemães.
 – E qual é a diferença? - disse a senhora Elizabeth saindo em direção ao seu quarto – São todos uns animais.”

A escrita da obra não traz anda de original, os personagens secundários são poucos desenvolvidos e retratados simplesmente como bons ou maus. A personagem principal não me cativou e não vi um a real mudança na personalidade e nas atitudes da jovem. O final foi completamente previsível e mal explorado.

Essa edição ainda trás no final, um texto de Sediel Palácio chamado Um Propósito do Sofrimento em que o autor disserta sobre experiências pessoais envolvendo sua fé e sobre trechos da Bíblia.


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